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O maior desafio do home-office é parecer uma “empresa de verdade”.

O conceito que todos temos de uma “empresa de verdade” é o da famosa sede própria, com funcionários, equipamentos e a “tia” do cafezinho e seu tradicional uniforme de copeira. A verdade é que, com a revolução digital, este conceito tem se tornado cada vez mais obsoleto.

As startups são o maior exemplo de que, na realidade atual, a falta de estrutura  já não é mais barreira para se fazer sucesso no mundo corporativo. E a explicação é uma só, nunca as empresas precisaram tão pouco do corpo e tanto do cérebro das pessoas.

Isso tem possibilitado aos profissionais de modo geral, uma conquista nunca antes alcançada, a conquista da liberdade. Porém, a tão sonhada liberdade sempre cobra um preço e, em geral, não existem vitórias sem sacrifícios.

O home-office pode ser um sonho realizado, mas se o profissional que opta por esta modalidade de trabalho não tomar alguns cuidados, este sonho pode se tornar pesadelo.

Home-office: sonho ou pesadelo?

Eu diria que o maior desafio de quem trabalha no home-office, é o de parecer uma “empresa de verdade”. E quando digo isso, não me refiro a imagem projetada para os clientes (que também é importante), mas ao fato de sentir-se de fato produzindo com eficiência na empresa chamada home-office.

A humanidade não chegou aos seus modelos sociais e culturais de uma hora pra outra, estes modelos foram moldados durante séculos, acomodando as necessidades do próprio ser humano como: conversar, interagir, concentra-se, mudar de ares, conhecer pessoas e por aí vai.

Trabalhando dentro da sua própria casa, essas coisas simples do dia a dia, tornam-se quase nulas. As conversas são sempre as mesmas, as pessoas são sempre as mesmas, a paisagem nunca muda e concentrar-se sabendo que a pia está cheia de louça suja pra lavar, torna-se cada vez mais insuportável.

O cenário parece exagerado, mas ao longo do tempo, essa é a queixa mais comum entre os que trabalham em home-office.

Esse é um dos casos em que o modelo de coworking se apresenta como uma solução viável. Pois é possível ter o ambiente corporativo, sem perder a liberdade de entrar e sair a qualquer hora do dia, trabalhar à vontade e sem a pressão do mundo empresarial, pois ali, os seus colegas de trabalho não estão competindo com você, o que é uma situação comum observada na maioria das empresas.

Trocar ideias e conhecer pessoas é natural e estimulante.

De qualquer forma, seja qual for o caso, é fundamental ter disciplina para cumprir à risca, os métodos criados por você ou não, que estimulem o convívio social, proporcionem novas experiências e evitem que a sua independência corporativa se transforme numa cansativa rotina de ansiedade, preguiça e tédio.

É tão difícil quanto aguentar um chefe mala. Será que você consegue?

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