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Apaixonados pelo que fazem.

Talvez você já tenho ouvido falar em worklovers. O novo termo chegou para substituir os workaholics, e está ganhando espaço no meio profissional. Criado a partir de pesquisas coordenadas pelo psicólogo e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Wanderley Codo, ele denomina aqueles profissionais apaixonados pelo que fazem. Eles trabalham muito, é verdade. Mas fazem isso porque amam a profissão.

“Construímos esse termo a partir das pesquisas que temos feito desde 1979. Mas foi há cerca de dois anos que passamos a usar o termo em contraposição a workaholic e também como uma crítica a ele. O que começou a ser difundido é que qualquer pessoa que trabalhasse muito era um viciado, e a gente apostava que não”, explica Wanderley em entrevista à Folha de S. Paulo.

Com o trabalho cada dia mais livre, as empresas começam a perceber que o vínculo com seus funcionários deve ir muito além de bater o cartão. Isso reflete a nova forma com que os profissionais encaram suas carreiras. O trabalho deixou de ser um martírio para se tornar parte essencial de uma vida equilibrada, fonte de prazer e realização pessoal.

“Quer achar um worklover? Pergunte para alguém o que faria se ganhasse na loteria. A pessoa dirá que viajaria, compraria carro, mas que continuaria trabalhando exatamente naquilo que trabalha”, afirma Wanderley na entrevista à Folha. Para ele, aqueles profissionais que percebem a mudança que seu trabalho opera no mundo a seu redor, e o seu significado, são os mais propensos a se tornarem worklovers.

Trabalho em qualquer lugar

Para os profissionais worklovers, não importa o lugar ou o horário para o trabalho. A relação com a carreira é diferente, tem a ver com realização e produtividade. “Algumas pesquisas mostram que pessoas altamente dedicadas ao trabalho também são indisciplinadas com relação a ele. Não necessariamente chegam na hora, porque têm um  outro tipo de vínculo com o trabalho”, explica o psicólogo Wanderley Codo.

Nesse sentido, novos formatos vêm sendo testados pelas empresas para atender às necessidades desses profissionais. O Coworking, por exemplo, é um deles. Nos escritórios coletivos, os profissionais podem fazer seu próprio horário, trabalhando por produtividade, ao mesmo tempo em que desfrutam da estrutura completa, que antes apenas a empresa poderia lhe oferecer.

“Muitas empresas de grande porte já buscam espaços de Coworking para seus ‘criativos’, pois compreendem que estes são ambientes sem estresse e com trocas mais ricas, facilitando o acesso a ideias inovadoras”, afirma Ricardo Migliani, sócio do Link2U.

Confira as principais diferenças entre worklovers e workaholics, apontadas pelo psicólogo Wanderley Codo:

Confira a entrevista completa do psicólogo e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Wanderley Codo, na Folha de S. Paulo

Por Annita Velasque.

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